O início do ano letivo de 2018 foi muito especial para os alunos da EMEF Coronel Sarmento. No primeiro dia de aula, os alunos receberam a visita da mascote do Programa A União Faz a Vida, que será desenvolvido na escola no ano de 2018.
Lançado em novembro de 2017 em Glorinha, o Programa A União Faz a Vida, desenvolvido pelo SICREDI, tem como objetivo promover práticas de educação, elaboradas através de formação pedagógica dos professores, visando construir e vivenciar atitudes e valores de cooperação e cidadania, por meio de práticas de educação cooperativa, contribuindo para a educação integral de crianças e adolescentes.
Símbolo de cooperação e trabalho, a abelha é a legítima mascote para o Programa A União Faz a Vida, fortalecendo ainda, com o símbolo do cooperativismo no peito, a sua identidade com a Educação Cooperativa.
HISTÓRICO DO PROGRAMA
Na década de 80, o SICREDI contava com mais de 60 cooperativas de crédito que, após terem enfrentado dificuldades relacionadas aos sobressaltos da economia, viviam um período de desenvolvimento. Mas ainda havia desafios a vencer. Num ambiente onde um número expressivo de cooperativas, especialmente as agropecuárias, apresentavam dificuldades econômicas, era preciso garantir a sobrevivência dos empreendimentos cooperativos, ampliando o conhecimento sobre o cooperativismo e a natureza das sociedades cooperativas.
Como forma de enfrentar esses desafios, o SICREDI decidiu pela criação de materiais de divulgação sobre cooperação e cooperativismo e o desenvolvimento de programas de cooperativismo nas escolas, com o objetivo de sensibilizar crianças e jovens para o tema. O objetivo principal era disseminar o cooperativismo como forma de desenvolvimento. Após pesquisa junto às organizações relacionadas ao cooperativismo, no Brasil e no exterior, foram encontradas iniciativas que abordavam questões pontuais sobre o cooperativismo, mas nenhum programa específico que pudesse contribuir para o atendimento das necessidades percebidas pelas cooperativas foi identificado. A avaliação era de que não bastava a simples disseminação de informações sobre o cooperativismo, era preciso ousadia e planejamento para transformar a percepção das pessoas também, sobre a sua capacidade de participar como agentes empreendedores de seu próprio desenvolvimento econômico e social. Na raiz deste problema encontrava-se um regime político e econômico no qual o Estado fora, por mais de 30 anos, o maior empreendedor. Era fácil compreender porque as pessoas que vivenciaram esse período não se apresentavam como participativas e empreendedoras, e sim, individualmente defensoras de seu trabalho ou da sua atividade. As próprias iniciativas de cooperativismo haviam sido desenvolvidas a partir de financiamento público. Em 1992, em uma visita às cooperativas de crédito da Argentina e do Uruguai, dirigentes do SICREDI entraram em contato com uma Cooperativa Habitacional nas cercanias de Montevidéu, onde funcionava, também, uma Cooperativa Escola. Impressionados, foram recebidos e guiados por um garoto de 11 anos, presidente da cooperativa, simpático, entusiasmado e demonstrando muito conhecimento sobre cooperativismo. Esse episódio corroborou com a tese de que era essencial buscar a construção de uma nova cultura sobre cooperação e empreendedorismo. Assim, em 1993, o SICREDI se aproximou do Centro de Desenvolvimento e Pesquisa sobre Cooperativismo da Universidade do Vale do Rio do Sinos – São Leopoldo/RS, com o apoio do Padre Roque Lauchner, então coordenador. A ideia era desenvolver um programa de educação cooperativa, cujo projeto previa contratação de especialistas nas diversas disciplinas curriculares de ensino, os quais proporiam metodologias que privilegiassem o empreendedorismo e o coletivismo, em substituição à prática individual. Surgia então a ideia inicial do Programa A União Faz a Vida: em 27 de janeiro de 1994, o Conselho de Administração da Cooperativa Central de Crédito do RS aprovou o cronograma inicial, de acordo com o qual se implantaria o projeto piloto no município de Santo Cristo/RS. A partir daí, as sementes do Programa brotaram e multiplicaram-se. Novos educadores e instituições de ensino superior somaram-se ao Programa e contribuíram com a adesão de novos municípios e novos estados.
Fonte: Site do Programa a União Faz a Vida <http://www.auniaofazavida.com.br/>